Jornalistas Globais encurralaram Bolsonaro e, no final, foram surpreendidos por ele.. e pela própria história

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Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro*

Há algo que a mídia amestrada do establishment parece não ter assimilado: em todo embate, seja no campo, seja na vida, o combate só termina quando acaba…

Empenhados em bater até o fim em Bolsonaro, na entrevista com o candidato no programa #GNEleicoes2018 , da Central das Eleições da Globo News, os jornalistas que formam o primeiro time da emissora não cuidaram de armar sua retaguarda.

Resultado: o que ficará na mente dos telespectadores não será a fragilidade do candidato Bolsonaro nos assuntos técnicos que afetam, e muito, a vida nacional mas, sim, o profundo desconforto dos perguntadores com a própria posição histórica da emissora em relação ao que ele, Bolsonaro, defende.

Bolsonaro é assumidamente pouco versado em economia. Os perguntadores, vendo a brecha, bombardearam o candidato com toda a arrogância possível nesse quesito, pretendendo desmoralizá-lo.

Com isso, porém, deixaram de perguntar sobre segurança, saúde, infraestrutura, combate à corrupção… na primeira parte do programa. Mais uma vez, perdia o eleitor, pouco versado em “economia” … como Bolsonaro.

Na segunda parte, os jornalistas entraram na boca do leão, e viram seus conceitos politicamente corretos serem esmerilhados pelo rolo compressor de firmes conceitos, alinhados com o senso comum do cidadão brasileiro, expostos por Jair Bolsonaro.

Da crítica à ideologia de gênero, passando pela corrupção e pelo porte de arma – os jornalistas, por mais que tentassem, não conseguiam furar a muralha de convicções do candidato, que ganhou pontos junto ao seu próprio eleitorado e… aos pais e mães de família, tão apreensivos quanto ele, com a tibieza com que o stablishment trata dessas questões.

No fim, o golpe fatal. Bolsonaro confrontou a bancada da Globo, com o editorial do Jornal O Globo, de 1984, apoiando integralmente o Golpe Militar de 1964, inclusive vinculando a ação com a “defesa do Estado Democrático”. A menção desmontava a postura da bancada, que relacionava as posições de Bolsonaro em favor do Regime Militar com uma “ditadura”.

Só Freud explica o vexame da Globo frente a Bolsonaro nesse momento. No fim, acusaram o golpe de terem apoiado o golpe. Ponto para o candidato.

Incorporando a entidade de Roberto Marinho pelo ponto no ouvido, quando já estava terminado o programa, com a câmara ainda aberta, Mírian Leitão consolidou o vexame da Globo perante “Bolsomito”, transmitindo uma hesitante retratação em relação ao resgate histórico trazido pelo candidato.

A mídia amestrada acusou o golpe – disso não há dúvida.

 

afpp-55 (3) - Copia*Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados. Integrante do Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB. Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa – API, é Editor – Chefe do Portal Ambiente Legal, do Mural Eletrônico DAZIBAO e responsável pelo blog The Eagle View.
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