A PONTA DO ICEBERG
Na República dos Bananas Assassinos, a infiltração do crime nos “Direitos Humanos” é apenas a ponta do Iceberg...
Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro
Agora é oficial: foi desbaratada rede de marginais travestidos de militantes “defensores dos direitos humanos”, que utilizava o livre acesso a informações de governo para mapear agentes de segurança e escolher alvos de execuções e retaliações em proveito do crime organizado.
Diz, a respeito, a nota conjunta à imprensa, divulgada pela Polícia Civil e Ministério Público, do Estado de São Paulo:
“A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado de São Paulo realizam nesta data, em todo o Estado a operação Ethos com a finalidade de desarticular célula criminosa da organização primeiro comando da capital, denominada de “R”, composta por 40 advogados, sob controle de presos vinculados à organização.
Na ação de hoje estão sendo empregados 703 policiais civis e membros do Ministério Publico (159 Delegados de Polícia; 459 policiais civis e 65 Promotores de Justiça e 167 viaturas da Polícia Civil).
A investigação policial teve inicio há um ano e meio e identificou 55 pessoas, das quais 41 estavam em liberdade e contribuíam para a prática criminosa vinculada à organização, motivo das prisões realizadas.
Outras 14 pessoas, componentes da organização são presos que estão no Sistema Penitenciário Paulista, considerados pelos demais, líderes da facção.
A operação Ethos ainda prendeu o Vice Presidente do CONDEPE: Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana. As investigações policiais apuraram que o Conselheiro foi cooptado pela célula “R” e a organização criminosa pagou a ele a quantia de R$ 130.000,00 com a finalidade de desestabilizar a Segurança Pública do Estado por meio de “falsas denúncias” perante organismos de Proteção dos Direitos Humanos.
Polícia Civil do Estado de São Paulo
Ministério Público do Estado de São Paulo”
Os fatos apontam claramente a natureza e os objetivos do denuncismo, da vitimização, da inversão dos fatos e da “guerra de nervos” praticada por alguns “militantes da causa” contra a Segurança Pública: poluir o sistema, fragilizar a cidadania e fazer imperar a criminalidade.
INFILTRAÇÃO SEGUE MANUAL ESQUERDISTA
Isso é apenas a ponta de um imenso iceberg…
Tempos atrás este subscritor já havia denunciado a íntima ligação da criminalidade com os métodos terroristas do ativismo esquerdista – travestido de “politicamente correto”, em prol da subversão de valores e fragilização do Estado Democrático de Direito.
Essa baderna segue a doutrina de Marighela – autor do “Manual do Guerrilheiro Urbano” – o vade mecum dos grupos terroristas do mundo. Diz o citado manual que:
“A guerra de nervos ou guerra psicológica é uma técnica agressiva, baseada no direto ou indireto uso dos meios de comunicação de massas e notícias transmitidas oralmente com o propósito de desmoralizar o governo.
Na guerra psicológica, o governo esta sempre em desvantagem, porque impõe censura nas massas e termina numa posição defensiva por não deixar nada contrário infiltrar-se. Neste ponto desespera-se, envolve-se em grandes contradições e perda de prestígio, perde tempo e energias num cansado esforço ao controle, qual é sujeito a romper-se em qualquer momento.
O objeto da guerra de nervos é enganar, propagar mentiras entre as autoridades, na qual todos podem participar, assim criando um ar de nervosismo, descrédito, insegurança e preocupação por parte do governo.
Os melhores métodos usados pela guerrilha urbana na guerra de nervos são: I) plantar rumores para deixar o governo nervoso; II) explorar erros e falhas do governo e seus representantes, forçando-os a explicações desmoralizantes e justificações nos meios de comunicação, III) apresentar denúncias a embaixadas, Nações Unidas, nunciaturas católicas, comissões internacionais de direitos humanos ou da liberdade de imprensa, expondo cada violação concreta e o uso de violência e IV) plantar notícias falsas.”
Claro que todas essas ações compreendem o apoio de uma tropa de choque de advogados, procuradores, políticos e autoridades, imbuída da missão de criminalizar a atividade policial na repressão à baderna, encaminhar denúncias , e intimidar judicialmente dirigentes e encarregados da segurança pública, pronta para agir e fazer barulho junto à mídia.
Marighella, verdade seja dita, pelo menos era um indivíduo corajoso e autêntico. Seus “seguidores” de hoje… apenas seguem, sem mérito, sua cartilha. O interesse, agora… é só dinheiro.
O CRIME ACOBERTADO POR PRETEXTOS
Não há ilusão: a busca metódica é por um pretexto para fomentar crise institucional e deslanchar apoio dos incautos à guerrilha urbana em prol do crime.
As investigações levadas a cabo pelo MP e Polícia Civil, no entanto, mostra que o tempo é senhor da razão, e a razão corrói a mentira que a alimenta.
Por isso, não se espere trégua ou recuo. Descoberta a apelidada “sintonia da gravata”, que serve ao crime organizado, já infiltrada em organismos de Estado, a reação será “politizar” os procedimentos de investigação e processos judiciais promovidos pela Justiça Pública. Há necessidade de gerar o conflito, antes que outros venham a ser descobertos e presos.
Politizar a judicialização, confundir e tumultuar, aliás, constitui tática comum nesse meio de tutela dos direitos “dos manos”, totalmente aparelhado por hipócritas e quadros moralmente afetados.
A verdade, de fato, é deles a grande inimiga. E as intenções deles, são inimigas da cidadania.
O duro é observar o quão fundo já se infiltraram no Estado, por conta da omissão política covarde, da pusilanimidade e do descaso oficial.
A banalização da covardia tornou-se um traço do novo caráter nacional na República dos Canalhas que nos governa.
Há uma sucessão de posturas bananas assassinas na segurança pública brasileira e, em especial, no Estado de São Paulo. Nessa mortandade de cidadãos de bem e de policiais, o grande homicida é o Estado Brasileiro.
O denuncismo, a república dos delatores e a proteção à leviandade, por outro lado, forma um traço miserável de várias ações do próprio Ministério Público e de parte do judiciário nacional – algo que, agora, ante o que se está a descobrir, poder vir a ser corrigido…
INFILTRAÇÃO É FRUTO DO DESCASO OFICIAL
Tal qual bactérias e fungos. O crime encontra um ambiente propício para se infiltrar no organismo público, quando observa estar ele gangrenando…
Não adianta sacar estatísticas idiotas para jornalistas tolos, ou usar de discursos acacianos como terapia para a própria falta de coragem institucional.
Não houve e não há, em nossa república, o mínimo interesse em resolver o problema da segurança pública – tamanha a muralha medidas legais até agora adotadas em desfavor das pessoas de bem – várias delas dispostas como efeito da tutela politicamente correta. Isso vai do desarmamento civil à priorização do denuncismo hipócrita como forma de obstruir o combate ao crime.
Veja-se o Projeto de Lei, já aprovado na Câmara Federal, que agrava a pena de quem mata policiais (inclusive nas folgas)… O projeto segue no ritmo das tartarugas. A conclusão é óbvia: policial não dá voto, nem financia campanha – a menos que seja corrupto. Assim, “o que se ganhará com isso?”…
O desserviço jornalistico prestado aos agentes da segurança pública na mídia é outro exemplo gritante. Marginais já foram priorizados em enquete televisiva, em relação à policiais, no atendimento de emergência… e isso como estratégia de conquista de índice de IBOPE.
Por outro lado, “ouvidores”, “corregedores”, “promotores” e “defensores públicos” ou de “organismos de direitos humanos”, não se inibem ante câmeras e microfones, quando o assunto é denegrir a ação policial. Parte do motivo, pelo visto, agora está vindo à tona…
A pompa com que se permite acesso a dados oficiais e se transita com informações sem a devida checagem, desde que o interesse seja prejudicar a imagem da atuação policial, é bastante conhecida nos governos. Essa porta aberta ao denuncismo foi o que levou importantes membros do Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana – órgão da Secretaria de Justiça do Estado de São Paulo – cidadãos e autoridades de perfil ilibado, ficarem submetidos à sanha da criminalidade infiltrada. Com certeza será preciso repensar todo esse quadro.
O BRASIL, DE JOELHOS, CONTINUARÁ A SER EXECUTADO
Passado o noticiário do dia, a imprensa que não impressiona e burocratas de plantão, seguirão sua rotina. O sangue de policiais e cidadãos vítimas da criminalidade continuará a ser lavado com detergente, nas calçadas e ruas, e a velha crítica à imagem da polícia continuará a dar ibope…
Resta a desesperança no rosto e coração dos que se encontram no desamparo de um comando de justiça desprovido de coragem e iniciativa, submetidos a governos pusilânimes e historicamente covardes.
Resta a certeza, em todos nós, que estamos nas mãos dos bandidos…
De fato, só sairemos disso se tomarmos atitude firme, coletiva e consciente, de rejeitar essa “República dos Bananas Assassinos” que se tornou o aparato da Segurança Pública no Brasil.
Não basta a descoberta de monstruosidades pontuais, no mar de hipocrisias. Precisamos de derrubar, sem piedade, a República dos Canalhas, que hoje nos governa…
Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados, integra o Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional. Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB, membro das Comissões de Infraestrutura e Sustentabilidade e Política Criminal e Penitenciária da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção São Paulo (OAB/SP). É Vice-Presidente e Diretor Jurídico da API – Associação Paulista de Imprensa. Editor do Portal Ambiente Legal e do blog The Eagle View.